quinta-feira, 1 de abril de 2010

CORPO SOCIAL: SOMOS CO-AUTORES? Falando mais da segunda bienal...

Acho que fiquei devendo mais detalhes sobre essa Bienal que para mim foi de grande valia e impulsionante para que eu me aprofundasse nes''se mundo tão tão distante da dança.
O Grupo Grial de Dança, Recife, PE: A Demanda do Graal Dançado com roteiro de Ariano Suassuna, concepção e coreografia de Maria Paula Rêgo, direção artística de Dantas Suassuna, intérpretes: Emerson Dias, Imaculada Salustiano, Jaffis Nascimento, Maria Paula Rêgo, Valéria Medeiros, Viviane Madureira. A trilha sonora incluía de Beethoven à Antônio Nóbrega. Grandioso. Trouxeram também o espetáculo Auto do Estudante que se vendeu ao Diabo, coreografia de Maria Paula Rêgo, direção dela e de Romero de Andrade Lima, intérpretes: Denes Nascimento, Emerson Dias, Imaculada Salustiano, Kleber Lourenço, Valéria Medeiros e Viviane Madureira. Música de Igor Stravinsky. Encenação de um libreto de cordel com narrador e cantadeira interpretada pela Maria Paula Rêgo. Considero o grupo de grande importância para a união da dança contemporânea com a cultura popular.
Outro espetáculo importante foi Aquilo de que Somos Feitos, da Lia Rodrigues Cia. de Dança do Rio de Janeiro, RJ. Foi um deslumbre. Creio que esse espetáculo fez um marco na história da dança contemporânea brasileira, por sua ousadia e criatividade em expor aspectos tão inerentes a sociedade contemporânea. Com concepção, criação coreográfica e direção de Lia Rodrigues, e os intérpretes e criadores coreográficos: Marcela Levi, Micheline Torres, Claudia Müller, Marcele Sampaio, Gustavo Barros, Rodrigo Maia e Amália Lima. A trilha sonora é de Zeca Assumpção.
Com a Trupe do Passo, também do Rio de Janeiro, assisti Acabou-se o que era Doce, com direção e coreografia de Duda Maia e as intérpretes: Carla Durans, Francini Barros e Lais Bernardes. Uma coreografia versátil, criativa e bem humorada. Um prazer assistir.
Com Ruth Rachou tive o prazer e a emoção de vê-la em cena com Intermezzo, direção e concepção de Helena Bastos e a própria Ruth interpretando e criando. Belo e singelo.
Bem, os espetáculos de maior relevância para mim foram esses, claro que não tive a oportunidade de assistir a todos, mas essa Bienal ficou marcada pela qualidade desses espetáculos e oficinas brilhantes. Houve, também companhias que deixaram a desejar, outras que obviamente nem deveriam estar ali, mas o que valeu foi o que pode ser visto, vivenciado e debatido. Nunca houve uma Bienal em que houvesse tanta aproximação de bailarinos de vários lugares do Brasil como essa, sem contar nas apresentações em locais abertos turísticos de Santos. Guardo muitas lembranças e saudades.

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