sábado, 16 de maio de 2009

Experimentando...


O ano seguinte (1997) foi por assim dizer um ano de mudanças... Agora eu tinha um objetivo. Já em janeiro participo de um curso de expressão corporal e conscientização ministrada pela atriz e bailarina Marisa Matos no Sesc Santos (aglutinador de cultura e arte em Santos), simples e prático, me deu coragem pra seguir adiante. Findo o curso me matriculei no curso de dança contemporânea do mesmo Sesc. Na primeira aula me senti um patinho feio, mas um patinho feio feliz da vida por estar ali. A professra, Sandra Cabral, muito me ensinou e despertou meu corpo adormecido. Não esqueço aquela primeira aula, em minha ingenuidade achava que meu sonho se realizara e me sentia fazendo parte de algo. Durante esse ano todo me dediquei as aulas e participei de diversos workshops de companhias de dança no Sesc. Foi um ano de encantamentos. Em 1998, continuei com as aulas e os workshops e conheci a eutonia e as práticas orientais como o tchi kun o Liang kun e o tai chi que acrescentaram novas estruturas para meu corpo em aprendizado. Em setembro chegou a I Bienal Sesc de Dança que trouxe vários espetáculos e uma oficina com Ivaldo Bertazzo inesquecível. Infelizmente sinto que não aproveitei o suficiente. O final do ano revelaria uma surpresa, mas isso já é outra história...

sábado, 4 de abril de 2009

Finalmente: A DANÇA



Já fazia tempo, eu sentia sua falta, então, finalmente, em 1996 resolvi procurar alguma coisa que me aproximasse dela. Nesse ano, no SESC Santos, houve uma Mostra de Dança Arte Educação, de 28 de julho à 3 de agosto. Assisti a palestras, mostras de vídeo, mesas redondas e tive até a ousadia de participar de um workshop. Conheci pessoas e idéias que muito tinham haver comigo. Assisti espetáculos que me deixaram com água na boca e mais vontade de participar desse mundo tão lindo que é o mundo da dança. Terminada a mostra corri atrás do prejuízo (tantos anos da minha vida). Participei de oficina de danças folclóricas, e uma oficina muito especial: que foi "Dança Movimento Interativo", com a conceituada atriz e bailarina Maristela Sild, que hoje em dia se encontra na Espanha. Esse ano de 1996, foi decisivo, foi quando eu abri as portas da minha vida para deixar a dança entrar. Foi o ano em que conheci nomes como: Christine Greiner, Kátia Canton, Maria Momenshon, Norval Baiello, Helena Katz, entre outros. Pessoas que eu iria encontrar outras vezes, e admirar seus trabalhos. Foi nessa mostra também que pude conhecer melhor o que era a dança contemporânea. Mas, eu estava apenas começando...

sábado, 7 de março de 2009

PROJETO TEATRO SESC


Em 1985 me matriculei no curso Projeto Teatro Sesc, em Santos. Foi um ano decisivo em minha vida. Foi a primeira vez em que tive contato com um palco. Não exatamente da forma que eu queria, mas mesmo assim sou hoje o que sou e tenho tudo o que tenho por isso. No curso tínhamos aulas de interpretação, dramaturgia e história do teatro com Renata Zanetha e Neyde Veneziano, aulas de canto com Paulo Damasceno(já falecido) e expressão corporal com Rosa Mendes Freire. Do curso resultaram várias montagens, da qual participei de duas. Do curso, conheci o pai da minha filha, o melhor fruto. Do curso, minha vida tomou rumos da qual eu mesma não esperava. A dança teria que esperar ainda alguns anos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

BALLET STAGIUM


Quando eu estava no Ensino Médio, na minha sala tinha uma menina que fazia ballet no Teatro Municipal de Santos. Os cadernos dela eram encapados com fotos do Ballet Stagium (aquelas famosas do fotógrafo Emídio Luigi). Bem, eu achava as fotos lindas e desejava ardentemente ser como aquela menina. Acho que foi meu primeiro contato com o Grupo Stagium que naquela época (1982) se destacava no cenário da dança nacional. Nunca tive coragem de tentar ser o que desejava ser. Acho que até hoje sinto dificuldades com isso. Mas, pelo menos ao escrever e falar sobre essas coisas me trazem de volta o momento em que as vivi. Não me lembro mais o nome da menina, mas lembro que um dia, desejei irremidiavelmente ser ela. Espero que ela seja feliz.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Continuando...


O primeiro ballet que assisti num teatro foi em Santos, no Teatro Municipal, e era o 2º ato de Giselle, que com aquele tom melancólico me emocionou muito. Não me lembro qual companhia se apresentava, mas acredito que devia ser de algum prestígio, pois lembro que a apresentação era muito bonita, com cenários e figurinos requintados. A segunda apresentação que assisti foi alguns anos mais tarde e era a 1ª apresentação da Cia. Cisne Negro do ballet Quebra-Nozes, em conjunto com a Cia. Valderez de Santos. Guardo o cartaz-folder até hoje. Foi muito lindo e lembro que me sentia tão frustada por não estar fazendo ballet. Eu achava que era algo muito fora do meu alcance, mas ao mesmo tempo desejava. Hoje penso que eu não acreditava em mim ou não acreditava na dança.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Falando sobre dança

Olá! Meu nome é Jeanice, mas todos costumam me chamar de Jean. A criação deste blog é para externar o meu amor pela dança e para que ele sirva de palco para discussões, opiniões ou simplesmente falar sobre dança. Acho que o meu primeiro contato com a arte veio através de minha avó que tinha um piano em casa. Ela que teve uma infância difícil, tinha que tomar conta de vários irmãos pequenos, já que era a mais velha e conseguiu realizar o sonho de tocar piano já com certa idade, casada, sonho proporcionado pelo meu avô. Com ela tive o primeiro contato com a música clássica. Adorava ficar ouvindo ela tocar e quando me ensinava algumas músicas. Até compus uma pequena melodia, que eu chamava "japonesa". Engraçado, só hoje quando resolvi escrever percebi a importância que isso teve em minha vida. Talvez não fosse quem eu sou se não fosse por ela... Saudades... Acredito que o amor pela dança partiu desse momento na infância pois sempre que ouço uma música a dança invade meu corpo como se para cada som existisse um movimento para desenhá-lo. Além disso, fui criada assistindo filmes hollywoodianos e principalmente ou preferivelmente musicais de Fred Astaire e Gene Kelly, onde a dança era o ponto máximo e me faziam imaginar que em algum lugar existisse em mundo onde todos dançassem... Nesse mundo as paixões e os desejos eram externados através da dança. Acho que até hoje penso em como seria lindo esse mundo.